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Desemprego sobe entre licenciados
O número de licenciados em situação de desemprego aumentou em Dezembro de 2006, face ao mês homólogo. São 42 219 pessoas com formação superior que, no final do mês passado, estavam inscritas nos Centros de Emprego, ou seja, mais 1,1 por cento face a Dezembro de 2005.
De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), divulgados ontem, este foi o único grupo, tendo em conta o nível de habilitação escolar, onde o desemprego aumentou, em comparação com o último mês de 2005.
“No momento em que o País necessita tanto de pessoas licenciadas, não é possível haver tantos licenciados no desemprego”, notou José Ernesto Cartaxo, da CGTP.
“É fundamental integrar os jovens licenciados no mercado de trabalho, para a inovação e reforço das empresas. O número de licenciados sem emprego continua muito elevado e esta tem de ser uma prioridade do Governo para 2007”, disse Paula Bernardo, da UGT.
Todos os restantes níveis de escolaridade registaram menos desempregados do que há um ano, com descidas entre os dois por cento (no Secundário) até aos 11,1 por cento (no 2.º Ciclo do Ensino Básico).
No total, estavam inscritas 452 651 pessoas nos Centros de Emprego, em Dezembro de 2006, o que representa uma diminuição de 5,6 por cento face ao mesmo período de 2005, pelo décimo mês consecutivo.
Esta descida homóloga verificou-se tanto nos homens (menos 6,9 por cento) como nas mulheres (menos 4,6 por cento), assim como nos jovens (menos 9,4 por cento) e nos adultos (menos 4,9 por cento).
Em termos mensais, o número de desempregados diminuiu 1,1 por cento, o que traduz menos 5077 inscrições que em Novembro.
As confederações da agricultura e do comércio consideram “estranho” esta quebra no desemprego, tendo em conta o crescimento da economia (de cerca de 1,2 por cento), muito abaixo do necessário para criar emprego.
"ECONOMIA CRIA EMPREGO"
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, disse ontem que a economia está a criar emprego, referindo-se aos dados do IEFP. “Não ultrapassámos o problema, mas demos passos seguros e firmes principalmente porque a economia portuguesa está a criar emprego e só se pode vencer o desemprego criando emprego”, assinalou o ministro. As estimativas do Eurostast revelaram um ligeiro crescimento económico, capaz de inverter o ciclo do desemprego, explicou fonte do ministério. “A economia tem crescido devagar, tal como tem descido o desemprego”, disse a mesma fonte.
CUSTO DE VIDA AUMENTA 3,1%
A inflação média anual ficou em 2006 em 3,1%, mais 0,8 pontos percentuais do que em 2005, indicou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este aumento dos preços superou as estimativas do Governo, que na revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentada em Dezembro previa uma inflação de 2,9% em 2006. Nesta ocasião, o Governo tinha já revisto em alta a previsão de inflação face ao Orçamento do Estado, que apontava para 2,6%. Os preços subiram 0,2% em Dezembro face a Novembro e a inflação homóloga (face ao mesmo período do ano anterior) ficou em 2,5% no último mês de 2006.
Em 2006, os preços das bebidas alcoólicas e tabaco subiram em média 9,7%, os dos transportes (incluindo combustíveis) 5,5%, os da educação 5,2%, os da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis 3,9%, a alimentação e bebidas não alcoólicas 2,7% e a saúde 1,5%.
DADOS SOBRE O DESEMPREGO
NORTE
É na região Norte que se situam 45 por cento dos desempregados, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (30 por cento). Mas foi só nas regiões autónomas que o desemprego aumentou (11,3 por cento).
PROCURA
A procura do primeiro emprego aumentou 2,7 por cento (33 708 inscrições), ao contrário da procura de novo emprego, que desceu, em termos homólogos, 6,2 por cento, com 418 943 inscrições.
COLOCAÇÕES
As colocações efectuadas ao longo do mês pelos Centros de Emprego atingiram 3205, um valor inferior ao do mês homólogo (menos 7,5 por cento) e ao do mês anterior (menos 32,4 por cento).
DESEMPREGO EM PORTUGAL – Situação no fim dos meses
DEZEMBRO 2005
Desemprego registado: 479.373 / 100,0%
Homens: 206.198 / 43,0 %
Mulheres: 273.175 / 57,0 %
Mais de 25 anos: 67.419 / 14,1 %
Menos ou 25 anos: 411.954 / 85,9 %
Mais de 1 anos de inscrição: 281.034 / 58,6 %
Menos ou 1 ano de inscrição: 198.339 / 41,4 %
Primeiro emprego: 32.834 / 6,8%
Novo emprego: 446.539 / 93,2 %
Nenhum nível de instrução: 25.567 / 5,3 %
Básico – 1.º ciclo: 157.866 / 32,9 %
Básico – 2.º ciclo: 98.882 / 20,6 %
Básico – 3.º ciclo: 79.681 / 16,6 %
Secundário: 75.607 / 15,8 %
Superior: 41.770 / 8,7 %
NOVEMBRO 2006
Desemprego registado: 457.728 / 100,0 %
Homens:190.820 / 41,7 %
Mulheres: 266.908 / 58, 3%
Mais de 25 anos: 64.342 / 14,1 %
Menos ou 25 anos: 393.386 / 85,9 %
Mais de 1 anos de inscrição: 272.426 / 59,5 %
Menos ou 1 ano de inscrição: 185.302 / 40,5 %
Primeiro emprego: 37.459 / 8,2 %
Novo emprego: 420.269 / 91,8 %
Nenhum nível de instrução: 24.284 / 5,3 %
Básico – 1.º ciclo: 145.934 / 31,9 %
Básico – 2.º ciclo: 88.374 / 19,3 %
Básico – 3.º ciclo: 77.768 / 17 %
Secundário: 75.035 / 16,4 %
Superior: 46.333 / 10, 1 %
DEZEMBRO 2006
Desemprego registado: 452.651 / 100,0 %
Homens: 195.049 / 42,4 %
Mulheres: 260.609 / 57,6 %
Mais de 25 anos: 61.056 / 13,5 %
Menos ou 25 anos: 391.595 / 86,5 %
Mais de 1 anos de inscrição: 268.846 / 59,4 %
Menos ou 1 ano de inscrição: 183.805 / 40,6 %
Primeiro emprego: 33.708 / 7,4 %
Novo emprego: 418.943 / 92,6 %
Nenhum nível de instrução: 24.094 / 5,3 %
Básico – 1.º ciclo: 146.076 / 32,3 %
Básico – 2.º ciclo: 87.878 / 19,4 %
Básico – 3.º ciclo: 78.315 / 17,3 %
Secundário: 74.066 / 16,4 %
Superior: 42.219 / 9,3 %
VARIAÇÃO %
Desemprego registado: - 5,6 (mês homólogo) / - 1,1 (mês anterior)
Homens: - 6,9 (mês homólogo) / + 0,6 (mês anterior)
Mulheres: - 4,6 (mês homólogo) / - 2,4 (mês anterior)
Mais de 25 anos: - 9,4 (mês homólogo) / - 5,1 (mês anterior)
Menos ou 25 anos: - 4,9 (mês homólogo) / - 0,5 (mês anterior)
Mais de 1 anos de inscrição: - 4,3 (mês homólogo) / - 1,3 (mês anterior)
Menos ou 1 ano de inscrição: - 7,3 (mês homólogo) / - 0,8 (mês anterior)
Primeiro emprego: + 2,7 (mês homólogo) / - 10,0 (mês anterior)
Novo emprego: - 6,2 (mês homólogo) / - 0,3 (mês anterior)
Nenhum nível de instrução: - 5,7 (mês homólogo) / - 0,8 (mês anterior)
Básico – 1.º ciclo: - 7,5 (mês homólogo) / + 0,1 (mês anterior)
Básico – 2.º ciclo: - 11,1(mês homólogo) / - 0,6 (mês anterior)
Básico – 3.º ciclo: - 1,7 (mês homólogo) / + 0,7 (mês anterior)
Secundário: - 2,0 (mês homólogo) / - 1,3 (mês anterior)
Superior: + 1,1 (mês homólogo) / - 8,9 (mês anterior)
“No momento em que o País necessita tanto de pessoas licenciadas, não é possível haver tantos licenciados no desemprego”, notou José Ernesto Cartaxo, da CGTP.
“É fundamental integrar os jovens licenciados no mercado de trabalho, para a inovação e reforço das empresas. O número de licenciados sem emprego continua muito elevado e esta tem de ser uma prioridade do Governo para 2007”, disse Paula Bernardo, da UGT.
Todos os restantes níveis de escolaridade registaram menos desempregados do que há um ano, com descidas entre os dois por cento (no Secundário) até aos 11,1 por cento (no 2.º Ciclo do Ensino Básico).
No total, estavam inscritas 452 651 pessoas nos Centros de Emprego, em Dezembro de 2006, o que representa uma diminuição de 5,6 por cento face ao mesmo período de 2005, pelo décimo mês consecutivo.
Esta descida homóloga verificou-se tanto nos homens (menos 6,9 por cento) como nas mulheres (menos 4,6 por cento), assim como nos jovens (menos 9,4 por cento) e nos adultos (menos 4,9 por cento).
Em termos mensais, o número de desempregados diminuiu 1,1 por cento, o que traduz menos 5077 inscrições que em Novembro.
As confederações da agricultura e do comércio consideram “estranho” esta quebra no desemprego, tendo em conta o crescimento da economia (de cerca de 1,2 por cento), muito abaixo do necessário para criar emprego.
"ECONOMIA CRIA EMPREGO"
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, disse ontem que a economia está a criar emprego, referindo-se aos dados do IEFP. “Não ultrapassámos o problema, mas demos passos seguros e firmes principalmente porque a economia portuguesa está a criar emprego e só se pode vencer o desemprego criando emprego”, assinalou o ministro. As estimativas do Eurostast revelaram um ligeiro crescimento económico, capaz de inverter o ciclo do desemprego, explicou fonte do ministério. “A economia tem crescido devagar, tal como tem descido o desemprego”, disse a mesma fonte.
CUSTO DE VIDA AUMENTA 3,1%
A inflação média anual ficou em 2006 em 3,1%, mais 0,8 pontos percentuais do que em 2005, indicou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este aumento dos preços superou as estimativas do Governo, que na revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentada em Dezembro previa uma inflação de 2,9% em 2006. Nesta ocasião, o Governo tinha já revisto em alta a previsão de inflação face ao Orçamento do Estado, que apontava para 2,6%. Os preços subiram 0,2% em Dezembro face a Novembro e a inflação homóloga (face ao mesmo período do ano anterior) ficou em 2,5% no último mês de 2006.
Em 2006, os preços das bebidas alcoólicas e tabaco subiram em média 9,7%, os dos transportes (incluindo combustíveis) 5,5%, os da educação 5,2%, os da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis 3,9%, a alimentação e bebidas não alcoólicas 2,7% e a saúde 1,5%.
DADOS SOBRE O DESEMPREGO
NORTE
É na região Norte que se situam 45 por cento dos desempregados, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (30 por cento). Mas foi só nas regiões autónomas que o desemprego aumentou (11,3 por cento).
PROCURA
A procura do primeiro emprego aumentou 2,7 por cento (33 708 inscrições), ao contrário da procura de novo emprego, que desceu, em termos homólogos, 6,2 por cento, com 418 943 inscrições.
COLOCAÇÕES
As colocações efectuadas ao longo do mês pelos Centros de Emprego atingiram 3205, um valor inferior ao do mês homólogo (menos 7,5 por cento) e ao do mês anterior (menos 32,4 por cento).
DESEMPREGO EM PORTUGAL – Situação no fim dos meses
DEZEMBRO 2005
Desemprego registado: 479.373 / 100,0%
Homens: 206.198 / 43,0 %
Mulheres: 273.175 / 57,0 %
Mais de 25 anos: 67.419 / 14,1 %
Menos ou 25 anos: 411.954 / 85,9 %
Mais de 1 anos de inscrição: 281.034 / 58,6 %
Menos ou 1 ano de inscrição: 198.339 / 41,4 %
Primeiro emprego: 32.834 / 6,8%
Novo emprego: 446.539 / 93,2 %
Nenhum nível de instrução: 25.567 / 5,3 %
Básico – 1.º ciclo: 157.866 / 32,9 %
Básico – 2.º ciclo: 98.882 / 20,6 %
Básico – 3.º ciclo: 79.681 / 16,6 %
Secundário: 75.607 / 15,8 %
Superior: 41.770 / 8,7 %
NOVEMBRO 2006
Desemprego registado: 457.728 / 100,0 %
Homens:190.820 / 41,7 %
Mulheres: 266.908 / 58, 3%
Mais de 25 anos: 64.342 / 14,1 %
Menos ou 25 anos: 393.386 / 85,9 %
Mais de 1 anos de inscrição: 272.426 / 59,5 %
Menos ou 1 ano de inscrição: 185.302 / 40,5 %
Primeiro emprego: 37.459 / 8,2 %
Novo emprego: 420.269 / 91,8 %
Nenhum nível de instrução: 24.284 / 5,3 %
Básico – 1.º ciclo: 145.934 / 31,9 %
Básico – 2.º ciclo: 88.374 / 19,3 %
Básico – 3.º ciclo: 77.768 / 17 %
Secundário: 75.035 / 16,4 %
Superior: 46.333 / 10, 1 %
DEZEMBRO 2006
Desemprego registado: 452.651 / 100,0 %
Homens: 195.049 / 42,4 %
Mulheres: 260.609 / 57,6 %
Mais de 25 anos: 61.056 / 13,5 %
Menos ou 25 anos: 391.595 / 86,5 %
Mais de 1 anos de inscrição: 268.846 / 59,4 %
Menos ou 1 ano de inscrição: 183.805 / 40,6 %
Primeiro emprego: 33.708 / 7,4 %
Novo emprego: 418.943 / 92,6 %
Nenhum nível de instrução: 24.094 / 5,3 %
Básico – 1.º ciclo: 146.076 / 32,3 %
Básico – 2.º ciclo: 87.878 / 19,4 %
Básico – 3.º ciclo: 78.315 / 17,3 %
Secundário: 74.066 / 16,4 %
Superior: 42.219 / 9,3 %
VARIAÇÃO %
Desemprego registado: - 5,6 (mês homólogo) / - 1,1 (mês anterior)
Homens: - 6,9 (mês homólogo) / + 0,6 (mês anterior)
Mulheres: - 4,6 (mês homólogo) / - 2,4 (mês anterior)
Mais de 25 anos: - 9,4 (mês homólogo) / - 5,1 (mês anterior)
Menos ou 25 anos: - 4,9 (mês homólogo) / - 0,5 (mês anterior)
Mais de 1 anos de inscrição: - 4,3 (mês homólogo) / - 1,3 (mês anterior)
Menos ou 1 ano de inscrição: - 7,3 (mês homólogo) / - 0,8 (mês anterior)
Primeiro emprego: + 2,7 (mês homólogo) / - 10,0 (mês anterior)
Novo emprego: - 6,2 (mês homólogo) / - 0,3 (mês anterior)
Nenhum nível de instrução: - 5,7 (mês homólogo) / - 0,8 (mês anterior)
Básico – 1.º ciclo: - 7,5 (mês homólogo) / + 0,1 (mês anterior)
Básico – 2.º ciclo: - 11,1(mês homólogo) / - 0,6 (mês anterior)
Básico – 3.º ciclo: - 1,7 (mês homólogo) / + 0,7 (mês anterior)
Secundário: - 2,0 (mês homólogo) / - 1,3 (mês anterior)
Superior: + 1,1 (mês homólogo) / - 8,9 (mês anterior)
Fonte: Correio da Manhã
2007-01-16
21-01-2007