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A Fundação de Serralves, no Porto, vai encabeçar um projecto pioneiro, ao tornar-se numa "incubadora de indústrias criativas". O principal foco da actividade "IN Serralves" - que conta com o apoio directo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) - é estimular o desenvolvimento de empresas ou indivíduos com actividades criativas e inovadoras e com potencial comercial. Ainda assim, como reiterou, ontem, António Gomes de Pinho, presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, durante a apresentação da estrutura, "estamos a falar de negócios e empresas e não de Arte". Assim sendo, a ideia é disponibilizar a 12 empresários - das áreas arquitectura, tecnologias da informação, design, vídeo, fotografia, produção artística, cinema e produção de conteúdos - um espaço onde possam criar o seu negócio. Em contrapartida, os profissionais podem contar com um "open space", nos antigos escritórios da Fundação de Serralves (a 12 euros por mês por metro quadrado), onde terão disponíveis equipamentos como telefone, "scanner", Internet ou fax. A par disto, Serralves fornece formação, monitorização de resultados e estabelecimento de parcerias. Os interessados em integrarem o "IN Serralves" devem candidatar-se a partir do dia 14 e até 14 de Janeiro, enviando a descrição dos projectos. A Casa da Música, a Área Metropolitana do Porto e a Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense são parceiros do projecto. "É um projecto estratégico, o nosso salto para o século XXI", confessou, entusiasmado, Gomes de Pinho. Para Carlos Lage, presidente da CCDR-N, é uma oportunidade para "o Porto não ficar para trás" em relação "à concentração de serviços em Lisboa". No âmbito do projecto "Desenvolvimento de um Cluster das Indústrias Criativas na Região Norte", no qual está inserido o "IN Serralves", a Fundação de Serralves vai também promover a realização de um estudo macroeconómico sobre indústrias criativas. Pretende-se, com esta avaliação, perceber o impacto destas actividades, conhecer o seu potencial e o papel que ocupam na Região Norte. Fonte: Jornal de Notícias 08-11-2007